E o átomo pode deixar de existir? A resposta é sim. Agora, não confunda um átomo radioativo deixar de existir com a matéria deixar de existir. Na verdade, um átomo deixa de existir passando a se transformar em outro 'tipo de átomo". É sabido que, as pessoas nascidas no dia de
hoje, algumas terão vida mais curta, e outras, vida mais longas. Com os núcleos
radioativos arconte algo semelhante. Em um conjunto de átomos radioativos, pode
ocorrer de um átomo está se desintegrando (deixar de existir) neste instante,
um segundo átomo se desintegra daqui a uma hora, um terceiro daqui a três meses
e assim por diante.
O urânio-238, por exemplo, desintegra-se tão lentamente que continua existindo, desde a formação da Terra; pelo contrário, há elementos produzidos artificialmente cuja radioatividade se esgota em questão de minutos, ou em alguns casos, em frações de segundo.
O urânio-238, por exemplo, desintegra-se tão lentamente que continua existindo, desde a formação da Terra; pelo contrário, há elementos produzidos artificialmente cuja radioatividade se esgota em questão de minutos, ou em alguns casos, em frações de segundo.
Conhecer a rapidez com que um elemento
radioativo se desintegra é muito importante na prática. Um primeiro exemplo que
podemos citar é o da medicina nuclear: quando um radioisótopo é injetado em uma
pessoa para se fazer um exame clínico, é importante saber por quanto tempo
haverá radioatividade no organismo do paciente. Outro exemplo é o do
armazenamento do lixo nuclear: nesse caso, torna-se necessário saber por quanto
tempo o lixo deve permanecer estocado.
A forma mais usual de medir a rapidez de uma
desintegração é a que é dada pela seguinte definição:
Tempo de meia-vida (t1/2) ou período
de semidesintegração (P) é o tempo necessário para desintegrar a metade dos átomos
radioativos existentes em uma dada amostra.
Vamos imaginar, por exemplo, que uma
determinada amostra radioativa forneça os dados abaixo, dando origem ao gráfico
correspondente:
Tempo
(min)
|
Quantidade
de átomos radioativos presentes
|
0
|
100
|
10
|
50
|
20
|
25
|
30
|
12,5
|
40
|
6,25
|
Continua...
|
Continua...
|
Nesse momento, temos um tempo de meia-vida (t1/2)
de 10 minutos. A curva obtida é chamada de curva de decaimento do elemento radioativo
e traduz também a velocidade de desintegração (ou atividade) do elemento. A
velocidade média de desintegração, por sua vez, pode ser entendida como o “número
de átomos que se desintegram em uma unidade de tempo”. No SI, a unidade da
velocidade de desintegração é o becquerel (Bq), que indica o “número de
desintegrações por segundo”.
Textos sobre o tema, leia:
A tabela a seguir nos mostra que o tempo de meia-vida varia bastante de um radioisótopo para o outro.
O tempo de meia-vida é uma característica de
cada radioisótopo e independe da pressão, da temperatura e do composto químico
no qual o radioisótopo esteja presente ou que ele venha a formar (é importante
lembrar que radioatividade é uma propriedade dos núcleos dos átomos e não de
suas eletrosferas, que são as responsáveis pelas propriedades químicas dos
elementos.
Radioisótopo
|
Tempo
de meia-vida
|
86Rn, massa = 220
|
55,6 segundos
|
84Po, massa
= 218
|
3,08 minutos
|
43Tc, massa
= 95
|
20,0 horas
|
90Th, massa
= 234
|
24,1 dias
|
38Sr, massa
= 90
|
29,1 dias
|
6C, massa
= 14
|
5.715 anos
|
4Be, massa
= 10
|
1,52 milhões de anos
|
92U, massa
= 238
|
4,46 bilhões de anos
|
Espero ter contribuído para seu aprendizado!
Um mol de abraços, amigo leitor!
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