Um pouco da história do blog Química Periódica e do Autor
Olá amigo(a), meu nome é Irivan A. Rodrigues, sou idealizador deste blog, professor graduado em Química (UFPB), possuo Especialização em Educação Ambiental (FIP), Mestrado em Química (UFRN) e sou Tecnólogo em Negócios Imobiliários (IFPB).
A ideia para criação do blog Química Periódica surgiu
da necessidade de indicar bons materiais e conteúdos da disciplina de química,
os quais pudessem auxiliar e complementar a aprendizagem dos meus alunos do ensino médio.
A meta do blog é proporcionar aos estudantes a
utilização das novas tecnologias a favor do ensino de química. Saiba que os
temas abordados aqui têm uma correlação direta com o seu cotidiano e aos
conteúdos vistos em sala de aula. Aqui você encontrará postagens sobre diversos
temas, tais como: meio ambiente, experimentos de química, conteúdos didáticos,
curiosidades da química, e muito mais. É só você clicar a vontade para
descobrir um mundo novo de informações.
O blog Química Periódica é um
espaço criado para você, estudante, que me procura para fazer seus trabalhos
da escola, ou que simplesmente gosta de vasculhar a internet a procura de
coisas interessantes e prazerosas, as quais possam proporcionar novos
conhecimentos.
O blog Química Periódica está
aberto ao público desde Outubro de 2010, sendo atualizado semanalmente com
novas postagens. Possui uma média de 1.500 (um mil e quinhentas) visitas por
dia, totalizando mais de um milhão e setecentos mil de acessos, desde a sua criação.
Me dedico para que este espaço seja para todos, um
instrumento dinâmico e que realmente colabore para o seu desenvolvimento na
aprendizagem de temas ligados a química. E espero que você goste do nosso blog, e que volte
mais vezes!
Se possível gostaria que você me ajudasse a
divulgar este espaço, por meio das redes sociais e também falando do blog
Química Periódica para seus amigos e amigas da escola.
Um pouco da história de minha vida acadêmica
Antes de você compartilhar nossa página no
facebook, se quiser, poderá continuar lendo para conhecer um pouco da minha
história acadêmica.
Bem, como eu disse acima, me chamo Irivan, sou
licenciado em Química pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB, especialista
em Educação Ambiental pelas Faculdades Integradas de Patos – FIP, sou Tecnólogo
em Negócios Imobiliários pelo Instituto Federal da Paraíba – IFPB e Mestre em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Se
desejar conhecer mais sobre as minhas titulações, poderá acessar o Currículo Lattes.
Sou filho de dois agricultores, ambos sabem apenas
“desenhar” seus nomes. Minha mãe além de agricultora também trabalhava como
servente de limpeza (serviços gerais) na escola municipal Emídio Joaquim Alves, situada em
um povoado chamado Barro Vermelho, pertencente ao município de Mulungu-PB. Foi
neste povoado que vivi até meus 18 anos de idade.
Escola Municipal Emídio Joaquim Alves - Eu e a minha avó Neves que plantamos esta árvore de Pau-Brasil. Nesta data eu já estudava Química na UFPB. |
Minha vida acadêmica começou justamente nesta
escola, na imagem acima, a qual carrega o nome de meu saudoso avô em sua homenagem por ele ter
cedido o terreno para a construção da mesma. Estudei nela até a conclusão do
ensino fundamental I (do 1º ao 5º ano); a minha casa ficava ao lado da
escola... tenho boas recordações de ambas.
Meu ensino fundamental II (do 6º ao 9º ano) e médio, na
sua maior parte, se deu na cidade de Guarabira, na escola Estadual Prof. José
Soares de Carvalho. Porém, para que você entenda um pouco da minha rotina diária
e a minha luta para estudar, vou relatar: como naquela época não tinha água
encanada no povoado (hoje já tem), a minha mãe me acordava para eu ir buscar
água de galão em açudes da redondeza, eu fazia pelo menos três viagens para
pegar água para suprir as necessidades diárias, de todo santo dia. Feito
isso, tomava café e saia para ajudar o meu pai na lida com a agricultura e
criação de animais (no campo, trabalhei em quase tudo que você possa imaginar). Deixava
meu pai às 10h da manhã, me dirigia à minha casa para me aprontar para sair
com a minha irmã Ivoneide e outros colegas para a escola, em Guarabira.
Eu, a minha irmã e meus colegas íamos para escola no ônibus
escolar, porém de minha casa até o ponto do ônibus tínhamos que andar cerca de 40
minutos, em pleno meio dia. Em época chuvosa era um terror... sapatos sujos
pela lama, roupas molhadas... de volta, chegávamos em nossa casa por volta das 19h30min... tem cada história relacionado a esse percurso:
corrida em linha de trem, caminho mal assombrado, andar dependurado em cerca de
arrame farpado, etc., mais infelizmente não dá para contar tudo, do contrário este
resumo ficaria muito grande.
Durante a conclusão do ensino fundamental II, o
ônibus deixou de transportar os estudantes até Guarabira, por falta de
pagamento da prefeitura, o que me obrigou a estudar por um ano na cidade de Mulungu,
na escola estadual Major Antônio de Aquino. Aqui o esforço não foi menor... eu
saia de casa às 12h de bicicleta para chegar à escola às 13h. Era uma hora
de pedalada, debaixo de um sol de rachar. E quando passava um ônibus por mim, na
estrada de terra, eu suado e a poeira subia, e eu ficava como? Kkkk... sujo e 'cuspindo poeira'. No ano seguinte, tudo
foi resolvido, voltei a estudar na cidade de Guarabira.
No segundo semestre do 3º ano do ensino médio, por
razão particular, tive que estudar na escola estadual José Paulo de
França, na cidade de Marí, também vizinha a localidade onde morei.
Então, conclui meu ensino médio e prestei
vestibular para UFPB, para o curso de Licenciatura em Química. Outra fase de
meus estudos que não foi nada fácil. Era uma outra cidade (uma grande cidade, a
capital), tudo era novo e muitas das vezes sozinho para resolver e tomar
decisões que ainda não estava pronto para tal. Sem falar nas disciplinas do
curso, não as de Química (eu adorava), mas as de física e os temidos cálculos
da vida. Eu ainda inexperiente e tendo que lidar com aquela enxurrada de novas informações, não foi nada fácil, convenhamos!
Nessa época, morei na casa de familiares, que me
ajudaram muito. Primeiro na casa de um tio na cidade de Bayeux (na grande
João Pessoa), em seguida morei na casa de uma tia no bairro Colinas do Sul em João Pessoa, e depois
voltei mais uma vez a morar na casa de meu tio de Bayeux. A todos eles, sou
muito grato pela ajuda, e por ter aberto as portas de suas casas, muito
obrigado!
Bem, em relação ao curso de Química, eu gostava
muito (e agora, amo), nunca reprovei uma disciplina de química, sempre fui um
aluno aplicado (ainda sou rsrs), mas nas disciplinas de cálculo (aquelas demônias... kkk) tiraram o meu juízo! Porém, um fato que me marcou,
foi quando eu estudava a disciplina de cálculo I. Como contei acima, com muitas dificuldades sempre estudei em escolas públicas e não tive uma boa base de conhecimentos em meus estudos, mas também sempre fui um aluno muito
dedicado a eles, sempre procurei responder as listas de exercícios, nunca faltei a uma aula de
cálculo e nem fui aluno de conversar durante as aulas ou de filar, mesmo que tirasse notas baixas. Sempre mantive uma certa aproximação com o meu
professor, falava de minhas dificuldades, enfim... fiz a final de cálculo I
numa turma de 60 alunos de duas turmas diferentes. A fila(cola) rolou solta, porém eu
mais uma vez paguei pra ver... resultado, não consegui a nota que precisava
(já esperava por isso). Mas o que mais pesou não foi o fato da reprovação ou
mesmo de ter que estudar tudo de novo, mas sim, a frase que o professor “F” me
disse em tom de ironia e de deboche quando fui saber o resultado da prova, palavras dele: “você
salvou a turma, foi o único que ficou reprovado”😢. Argumentei a situação, comentei da fila(cola) durante a prova, pedi que me desse outra chance, falei das minhas dificuldades pessoais para me manter na universidade e tudo que ganhei foi esta maldita frase.
Mesmo assim, desisti? É claro que não, no semestre
seguinte me matriculei na disciplina, e aqui
estou. Sou o primeiro graduado da família e o único com mestrado (até a data de publicação desta postagem).
Hoje atuo ensinando em escolas públicas, como
professor efetivo e tenho orgulho do que faço. Por tudo que vivi, tento enxergar em meus alunos suas dificuldades, sempre tentando ajudá-los de alguma
forma. Porque sei, assim como têm alunos desinteressados, também têm alunos com muitas dificuldades trazidas de seus lares, sejam elas por questões
emocionais, financeiras ou sociais.
O que eu posso dizer hoje para você é, nunca
desista dos seus estudos. Por mais que doa uma reprovação ou palavras desestimulantes, continue na sua jornada. Um dia a sua história de superação será também inspiração para alguém vencer na vida.
Seja grato a Deus e aos seus pais por tudo (eu devo
tudo que sou aos meus pais, em especial a minha saudosa e amada avó Neves). A todos que
me ajudaram e também aos que me deram pancadas, meu muito obrigado. Pois, todos
contribuíram a sua maneira para que eu chegasse até aqui.
😝Ah, acredito que este blog vá fazer parte de meus
estudos para o meu produto educacional que estou desenvolvendo como conclusão
do meu trabalho de mestrado. E, aproveito este momento para estender meus
agradecimentos aos que estão me ajudando nesta novíssima fase acadêmica, a quem
deixo um mol de abraços, a minha coordenadora do PROFQUI-RN, a Profa. Dra.
Márcia Teixeira Barroso, pela dedicação na condução do curso; a CAPES pelo
apoio financeiro e em especial a minha orientadora, a profa. Dra. Luciene da
Silva Santos, pela paciência e horas dedicadas à minha orientação. Pois bem, de fato, este blog foi muito útil para a aplicação do meu produto educacional e para a construção da minha dissertação, e como você leu acima, já conclui o mestrado.
Se você se identifica com a minha história e/ou queira contar um pouco da sua, para que ela sirva de exemplo para outras
pessoas que estão na mesma luta acadêmica, deixe seu comentário, abaixo.
Um mol de abraços... volte sempre!
Um mol de abraços... volte sempre!
Att,
Irivan Alves Rodrigues
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