A Alquimia é uma prática ancestral, a
antiga química exercitada na Era Medieval. Ela une em seu amplo aspecto
cognitivo noções de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião. Embora a Alquimia não seja
atualmente considerada uma Ciência, tal como o conhecimento científico é hoje
concebido, e sim uma visão espiritual mais preocupada com antigas tradições do
que com a descoberta de novidades, ela é considerada uma ancestral da Química
moderna e da própria Medicina. Além das experiências químicas de que se
ocupavam os alquimistas, havia a constante preocupação com a realização de uma
série de ritos.
Foram os filósofos gregos
da Antiguidade os primeiros que se preocuparam com a explicação
dos fenômenos da natureza. Assim, por exemplo, Leucipo de Mileto
(nascimento: cerca de 500 a.C.) e seu discípulo Demócrito de Abdera (460-370
a.C.) afirmavam que todas as coisas deste mundo (um grão de areia, uma
gota de água, etc.) poderiam ser divididas em partículas cada vez
menores, até se chegar a uma partícula mínima que não poderia mais ser
dividida e que seria denominada átomo (do grego: a, "não", e
tomos, "partes"); essa ideia, que não se firmou na época e
só veio a renascer na Química, muitos séculos depois. Isso ocorreu em
grande parte devido a influencia do grande filósofo grego
da Antiguidade Aristóteles (384-322a.C.), que acreditava, ao
contrário de Demócrito, que a matéria poderia ser dividida infinitamente e
que tudo o que existia no Universo era formado pela reunião, em
quantidades variáveis, de quatro elementos: terra, água, fogo e ar. Considerando que, durante séculos, eram trabalhos completamente distintos
e separados: o dos artesãos, que faziam as coisas, e o dos pensadores, que
tentavam explicar os fenômenos, é fácil concluir por que a Ciência, e em
particular a Química, levou tanto tempo para progredir. As ideias de
Aristóteles permaneceram praticamente inalteradas, orientando a Ciência, por quase 2000 anos.
Química e alquimia coexistiram até meados do século XVII.
Então, em 1661, o químico britânico Robert Boyle (1627-91) publicou O químico
cético. Este livro ajudou a separar a química da alquimia. Boyle usou as ideias
do monge e filósofo Roger Bacon para firmar as regras de uma investigação
científica cuidadosa. Ele descreveu experimentos que provaram que o sistema dos
quatro elementos não poderia explicar o comportamento de muitas substâncias. O
interesse pela alquimia esvaneceu enquanto os químicos começavam a se
concentrar na purificação de substâncias e na investigação cuidadosa de suas
propriedades.
Em 1776, o cientista britânico Henry
Cavendish descobriu um meio para fazer o gás hidrogênio colocando ácido em
metais como o zinco ou o ferro. Ele chamou este gás de "ar
inflamável" quando descobriu que um palito de fósforo aceso o incendiaria.
Por
volta de 1772, o químico sueco Carl Scheele (1742-1786) descobriu a presença do
oxigênio no ar. Em 1781, químico britânico Joseph Priestley (1733-1804) mostrou
que se forma água quando o hidrogênio é queimado no ar. Mais tarde, Cavendish
fez água queimando hidrogênio em oxigênio. Todos esses resultados foram
coletados por mais de 15 anos, mais ninguém os entendia completamente. Então,
em 1783, o químico francês Antoine-Laurent Lavoisier repetiu os mesmos
experimentos e usou as ideias dos elementos para explicar os resultados.
Lavoisier disse que o hidrogênio e oxigênio são elementos e que a água é um composto de hidrogênio e oxigênio. Ele também sugeriu que metais são elementos e que ácidos são compostos que contêm hidrogênio. Quando metais e ácidos são misturados, o metal ocupa o lugar do hidrogênio, que é liberado como um gás. A ideia de Lavoisier, de que elementos se separam de outros e se unem em diferentes combinações, é um dos fundamentos da química moderna.
O francês Lavoisier é
considerado por muitos estudiosos comoo pai da Química moderna.
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