Conceitos e os 12 Princípios da Química Verde - O que é Química Verde?

Conceitos e os 12 Princípios da Química Verde - O que é Química Verde?
O termo verde virou modismo, ainda bem! Várias ciências já aderiram a esse termo, a exemplo de “Economia verde” ou “Marketing verde”. Porém, o termo que nos interessa no momento é “QUÍMICA VERDE”, o termo verde estar ligado à busca pela redução de rejeitos, do uso de materiais e energia, do risco, da periculosidade e do custo de processos químicos. Ou ainda, O termo “Química verde” se refere ao desenvolvimento de processos que reduzem ou eliminam a geração de resíduos tóxicos.


A produção química inclui diversos produtos, como medicamentos, plásticos, gasolina, fertilizantes, pesticidas e tecidos sintéticos (náilon e poliéster). Embora esses produtos sejam importantes, alguns meterias e processos usados em sua fabricação podem prejudicar o meio ambiente e a saúde humana.´

A Química tem contribuído para a descontaminação ambiental e para o desenvolvimento de processos mais limpos de produção, visando à menos geração de resíduos tóxicos, ao menor consumo energético e ao maior reaproveitamento de matérias.

Para se conseguir esses ganhos para o mundo, as indústrias, cientistas, universidades e sociedade de modo geral têm de buscar, por exemplo, desenvolvimento de catalisadores; eliminação ou substituição de solventes; uso de matérias-primas renováveis; substituição de produtos tóxicos por outros ambientalmente aceitáveis; monitoramento, controle e a intensificação de processos; uso eficiente de energia; melhoria nos processos de separação; reagentes e reações intrinsecamente mais seguras.

Segundo a IUPAC, Química verde é definida como "A invenção, desenvolvimento e aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias perigosas". Entenda perigosas como nocivas à vida.

Conceitos e os 12 Princípios da Química Verde - O que é Química Verde?

 12 princípios que direcionam as pesquisas em Química verde, são:

1. Prevenção.

Evitar a produção do resíduo é melhor do que tratá-lo ou “limpá-lo” após sua geração.

2. Economia de Átomos.

Deve-se procurar desenhar metodologias sintéticas que possam maximizar a incorporação de todos os materiais de partida no produto final.

3. Síntese de Produtos Menos Perigosos.

Sempre que praticável, a síntese de um produto químico deve utilizar e gerar substâncias que possuam pouca ou nenhuma toxicidade à saúde humana e ao ambiente.

4. Desenho de Produtos Seguros.

Os produtos químicos devem ser desenhados de tal modo que realizem a função desejada e ao mesmo tempo não sejam tóxicos.

5. Solventes e Auxiliares mais Seguros.

O uso de substâncias auxiliares (solventes, agentes de separação, secantes, etc.) precisa, sempre que possível, tornar-se desnecessário e, quando utilizadas, estas substâncias devem ser inócuas.

6. Busca pela Eficiência de Energia.

A utilização de energia pelos processos químicos precisa ser reconhecida pelos seus impactos ambientais e econômicos e deve ser minimizada. Se possível, os processos químicos devem ser conduzidos à temperatura e pressão ambientes.

7. Uso de Fontes Renováveis de Matéria-Prima.

Sempre que técnica- e economicamente viável, a utilização de matérias-primas renováveis deve ser escolhida em detrimento de fontes nãorenováveis.

8. Evitar a Formação de Derivados.

A derivatização desnecessária (uso de grupos bloqueadores, proteção/desproteção, modificação temporária por processos físicos e químicos) deve ser minimizada ou, se possível, evitada, porque estas etapas requerem reagentes adicionais e podem gerar resíduos.

9. Catálise.

Reagentes catalíticos (tão seletivos quanto possível) são melhores que reagentes estequiométricos.

10. Desenho para a Degradação.

Os produtos químicos precisam ser desenhados de tal modo que, ao final de sua função, se fragmentem em produtos de degradação inócuos e não persistam no ambiente.

11. Análise em Tempo Real para a Prevenção da Poluição.

Será necessário o desenvolvimento futuro de metodologias analíticas que viabilizem um monitoramento e controle dentro do processo, em tempo real, antes da formação de substâncias nocivas.

12. Química Intrinsecamente Segura para a Prevenção de Acidentes.

As substâncias, bem como a maneira pela qual uma substância é utilizada em um processo químico, devem ser escolhidas a fim de minimizar o potencial para acidentes químicos, incluindo vazamentos, explosões e incêndios.

Um mol de abraços para você! E viva a química verde!

Fonte dos 12 princípios: http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/Vol26No1_123_19.pdf
Fonte das fotos:
http://images.emagazine.com/sized/images/earthtalk/et_greenchemistry-250x200.jpg
http://s5.static.brasilescola.com/img/2012/09/quimica-verde.jpg

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