A palavra cromatografia deriva do grego
chomatós (cor) e graphéin (escrever). Significa, portanto, “a escrita da cor”. Esse nome foi dado em 1903 por Michael Tswett, botânico russo, a uma
técnica inventada por ele para separar os pigmentos de determinadas plantas em
zonas de cores bem distintas. Atualmente a cromatografia também se aplica a
substâncias incolores. O nome foi mantido apenas por questões históricas.
A cromatografia é hoje utilizada para identificar e separar os componentes de uma mistura cuja separação seria muito difícil ou mesmo inviável por outro método.
Está presente em todas as áreas científicas.
É usada na medicina legal para investigar casos de envenenamentos, em exames de
soro sanguíneo e urina, na identificação de estimulantes ingeridos por atletas,
na determinação dos componentes de um perfume, na análise de produtos obtidos
por fermentação.
Existem vários tipos de cromatografia. Todas
envolvem uma faze móvel, que pode ser líquida ou gasosa, e uma faze
estacionária, que pode ser líquida ou sólida.
Na cromatografia em papel, a fase móvel é o
solvente inerte (que não reage com as substâncias da mistura que será
analisada), como a água e o álcool etílico.
A fase estacionária é uma tira de papel
denominada de cromatograma, que pode ser feita de papel de filtro e irá conter
a mistura em questão.
O princípio da cromatografia em papel é o seguinte:
quando a ponta da tira de papel que contém a amostra da mistura é mergulhada no
líquido solvente (fase móvel), esse líquido sobe pelo papel arrastando as
substâncias existentes na mistura com ele.
O líquido sobe no papel porque a área do papel é menor que a área do recipiente que contém o líquido. Como a pressão atmosférica é constante e é expressa pela razão: pressão = força/área, se a área diminui, a força sobreo líquido diminui e ele sobe pelo papel.
Cada substância da mistura possui uma
afinidade diferente com o solvente (capacidade de dissolver). Desse modo, as
substâncias que possuem uma maior afinidade são arrastadas mais depressa, e as
que possuem menor afinidade, mais devagar.
O resultado é que depois de um certo tempo,
quando a fase móvel atingir a altura máxima na tira de papel, as substâncias
estarão separadas em faixas de cores distintas.
O surgimento de zonas incolores pode
significar a existência de alguma substância incolor na mistura.
Experimento: cromatografia em papel
Para fazer essa experiência de um modo bem
simples, prepare o material de maneira descrita abaixo:
1º) Recorte tiras de papel de filtro com
aproximadamente 12 cm de comprimento e 2 cm de largura.
2º) Faça um risco forte com a tinta de uma
caneta esferográfica preta (mistura que será analisada) a uns 3 cm da ponta da
tira de papel.
3º) Fixe a outra ponta da tira de papel na
parte central de um lápis, como mostra a foto a seguir.
4º) Coloque um pouco de álcool etílico em um
copo de vidro transparente e apoie o lápis na borda do copo fazendo com que a
extremidade da tira fique mergulhada no álcool.
5º) O risco de caneta preta deve ser
localizado um pouco acima do nível do álcool.
Deixe o sistema em repouso por algumas horas
e observe a separação dos componentes da tinta esferográfica
Um MOL de abraços, a você!
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