O estudo árduo em ciência faz com que os
cientistas deem atenção a qualquer fenômeno que ocorra, por mais simples que
seja, o que leva muitas vezes a descobertas fantásticas. Foi o que aconteceu em
1985 com o físico alemão Wilhelm Roentgen (19845-1923). Ele estudava as
propriedades da eletricidade com tubos de raios catódicos, quando, de repente,
notou a emissão de um tipo de radiação que atravessava determinados materiais.
Descobriu também que essa poderosa emissão era capaz de impressionar uma chapa fotográfica.
O fenômeno, até então desconhecido, foi chamado por Roentgen de raio X.
Dois anos depois, Antoine Henri Becquerel
(1852-1908), físico francês, resolveu procurar uma relação entre os rios X e a fosforescência
(propriedade de certos materiais de reluzirem por um curto intervalo de tempo)
de uma substância de urânio. Ele acreditava que, colocando cristais de
substâncias que contêm átomos de urânio em cima de uma chapa fotográfica,
embrulhada em papel preto, e expondo-os à luz solar, eles emitiam raios X e
iriam impressionar a chapa fotográfica.
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E, mais uma vez, um fato experimental foi
descoberto casualmente: num dia nublado, o físico suspendeu o experimento, pois
não havia luz solar para produzir fosforescência, e guardou a substância
embrulhada em papel preto dentro de uma gaveta que continha uma chapa
fotográfica. Alguns dias depois, revelou várias chapas, inclusive a que estava
na gaveta. E qual não foi a sua surpresa ao notar que ela também trazia uma
mancha característica. O urânio havia impressionado a chapa mesmo sem receber
luz solar. Diante desse fato, Becquerel deduziu que a emissão desses raios não
tinha conexão com os raios X descobertos por Roentgen, nem com a luz solar, nem
tampouco com a propriedade de fosforescência: originara-se dos próprios átomos
do elemento urânio. Conclusão: os átomos de alguns elementos químicos são
naturalmente radioativos, ou seja, emitem radiação. Esse fenômeno ficou
conhecido como radioatividade.
O conhecimento sobre radioatividade avançou
ainda mais com as pesquisas do casal de químicos Marie e Pierre Curie. A
polonesa Marie Curie e seu marido, o francês Pierre Curie, trabalharam
arduamente com minérios que emitiam uma radiação muito intensa e puderam
identificar a existência de novos elementos químicos cujos átomos eram bastante
radioativos: o rádio (Ra) e o polônio (Po). Apesar de todo o esforço dos
pesquisadores, eles não puderam explicar a origem da radiação emitida por esses
elementos. O segredo estava escondido na própria estrutura da matéria, ou seja,
a origem da radiação relaciona-se à estrutura do átomo. Só que isso eles ainda
não tinham condições de demonstrar com os conhecimentos conquistados até então.
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Nessa época, já se sabia que átomo não era
exatamente como previa a teoria atômica de Dalton: uma esfera maciça e indivisível.
Mas os novos modelos também não explicaram o fenômeno da radioatividade. Por
isso, todos os cientistas envolvidos nesse campo sentiram-se ainda mais
desafiados a aprofundar seus estudos.
No final do século XIX, o físico neozelandês
Ernest Rutherford foi convencido por J. J. Thomson a trabalhar com o fenômeno
então recentemente descoberto: a radioatividade. Seu trabalho permitiu a
elaboração de um modelo atômico que possibilitou o entendimento da radiação emitida
pelos átomos de urânio, polônio e rádio.
Aos 26 anos de idade, Rutherford fez sua maior
descoberta. Estudando a emissão de radiação do urânio e do tório, observou que
existem dois tipos distintos de radiação: uma que é rapidamente absorvia (), e
outra com maior poder de penetração, que denominamos de radiação beta.
Para continuar sua pesquisa a respeito da radioatividade
e outros assuntos relacionados, acesse aos links desta postagem.
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