A
maior aplicação das reações nucleares é na produção da energia elétrica, pelas
usinas nucleares. A energia nuclear é usada também na propulsão de porta-aviões
e de submarinos.
Nas
indústrias, os isótopos radioativos são usados em radiografias de tubulações
metálicas, em controle de qualidade da produção, no estudo de desgaste dos
materiais, na descoberta de vazamentos em oleodutos, na conservação de
alimentos, na esterilização de materiais cirúrgicos, etc.
Nos prédios, em alarme contra incêndios, pode ser usado um detector de fumaça que funciona com 150 microgramas de óxido de amerício-241. A radioatividade desse isótopo ioniza as partículas de fumaça, fechando um circuito elétrico que aciona uma campainha.
Na
Química, isótopos radioativos são inseridos em moléculas escolhidas, servindo
então como traçadores do caminho que essas moléculas seguirão por meio das
reações químicas. Essa técnica permite, por exemplo, estudar o mecanismo e a
cinética das reações químicas.
Na
Medicina, os isótopos radioativos podem ser usados no diagnóstico e no
tratamento de doenças. Como exemplos de radioisótopos utilizados em
diagnóstico, temos: o iodo-131, para mapeamento da tireoide; o mercúrio-197,
para tumores cerebrais; o ferro-59, para estudo das células vermelhas do
sangue; o tálio-201, para diagnósticos cardíacos; etc. No tratamento de
enfermidades, destaca-se o uso da chamada bomba de cobalto, dispositivo em que
o cobalto-60 é empregado para destruir células cancerosas.
Na
agricultura, é comum inserir isótopos radioativos em fertilizantes, adubos,
etc., para estudar a absorção desses produtos pelos vegetais. A radioatividade
é também usada para destruir fungos, ervas daninhas e insetos que prejudicam os
vegetais.
Em geologia e arqueologia, certos radioisótopos são úteis para determinar a idade de rochas, fósseis, etc. É o chamado processo de datação desses materiais. Por exemplo, estudando-se o decaimento do urânio-238, chegou-se à conclusão de que as rochas trazidas da Lua, pelas missões Apolo, têm idade aproximada de 4,5 a 5 bilhões de anos. Estudando o decaimento do carbono-14, determina-se a idade de fósseis e cadáveres pré-históricos (como o de Oetzi, de aproximadamente 5.200 anos), vegetais e animais, a idade de pinturas pré-históricas, etc.
Feltre, Ricardo. Química. 6. Ed. Moderna, São Paulo: 2004.
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