O tema Terras Raras assim como outros que
envolvem recursos naturais geram muitas discussões, mas no final é sempre o
meio ambiente que perde. Não adiantará muito se algum país decidir parar de
extrair tais elementos, pois sempre vão ter outros países que continuarão
explorando em nome do futuro tecnológico e da economia, mesmo que para isso
violem decretos e acordos internacionais, a exemplo de acordos do clima,
violados pelos Estados Unidos.
Terras Raras é o termo usado para aqueles elementos químicos que são considerados raros por possuírem uma baixíssima concentração na crosta terrestre e também devido à dificuldade de sua extração em vários minérios de composições diversas.
O grupo de elementos conhecido como "terras raras" inclui os 15 metais lantanídeos: lantânio (La), cério (Ce), praseodímio (Pr), neodímio (Nd), promécio (Pm), samário (Sm), európio (Eu), gadolínio (Gd), térbio (Tb), disprósio (Dy), hólmio (Ho), érbio (Er), túlio (Tm), itérbio (Yb) e lutécio (Lu) e outros 02 elementos que são o escândio (Sc) e o ítrio (Y).
Terras Raras é o termo usado para aqueles elementos químicos que são considerados raros por possuírem uma baixíssima concentração na crosta terrestre e também devido à dificuldade de sua extração em vários minérios de composições diversas.
O grupo de elementos conhecido como "terras raras" inclui os 15 metais lantanídeos: lantânio (La), cério (Ce), praseodímio (Pr), neodímio (Nd), promécio (Pm), samário (Sm), európio (Eu), gadolínio (Gd), térbio (Tb), disprósio (Dy), hólmio (Ho), érbio (Er), túlio (Tm), itérbio (Yb) e lutécio (Lu) e outros 02 elementos que são o escândio (Sc) e o ítrio (Y).
Os terras raras são encontrados em diversos
países como a China, Austrália, África do Sul, Estados Unidos, Canadá e alguns
outros. Aqui no Brasil, eles estão presentes no solo de diversos estados, a
exemplo do sul da Bahia, Espírito Santo, Amazonas, Araxá- MG, Catalão-GO,
Ceará, litoral norte do Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Pará,
Roraima e Rondônia.
Processamento para a retirada dos terras raras
dos principais minérios
Os minérios mais importantes e de maior demanda
industrial que contêm os terras raras são a monazita ((La,Ce,Th)PO4),
bastnasita ((La,Ce,Nd)CO3F) e xenotima ((Y,Dy,Yb)PO4).
Os principais métodos para a separação de
terras raras são a cristalização fracionada ou por alterações no estado de
oxidação. As técnicas cromatográficas foram as primeiras capazes de separar
efetivamente os terras raras em compostos de alta pureza, com a aplicação de
cromatografia de troca iônica, cromatografia de deslocamento e troca iônica
líquido-líquido. Atualmente, a principal técnica aplicada é a extração com
solventes coordenantes.
Leia também:
Aplicações industriais na atualidade dos terras
raras
Por volta de 1902, os exploradores americanos e
europeus chegaram a fabricar cerca de 300 milhões de “camisa de lampião” por
ano, a partir de terras raras levados de areias extraídas em praias
brasileiras. Hoje, devido as descobertas de suas propriedades químicas e
físicas, os terras raras são utilizados em uma grande variedade de aplicações
tecnológicas e estão incorporadas em supercondutores, magnetos, catalisadores,
entre outros, como por exemplo em lâmpadas fluorescentes, projetores, telas de
imagens, em imãs usados em gerados de torres eólicas e em baterias de carros,
dentre outros usos.
No vídeo abaixo, o palestrante Osvaldo Serra
fala sobre o tema numa palestra intitulada de “Terras Raras: O Meio Ambiente
Agradece. Agradece mesmo?”.
Os impactos ambientais causados pela extração dos principais minérios que contém os terras raras
Durante o processamento de extração e
tratamento dos minérios para se obter uma certa quantidade de terras raras são
usados cerca de dez vezes mais a quantidade de reagentes químicos, a exemplo de
ácido sulfúrico e o hidróxido de sódio. O agravante é que do tratamento sobram grandes quantidades de rejeitos
que deveriam ser tratados e recuperados para não poluir a natureza, porém o
palestrante acredita que os exploradores que retiravam/retiram terras raras em
Araxá e Catalão não fizeram/fazem o tratamento adequado em relação aos
rejeitos.
O palestrante cita, por exemplo, que um gerador
de energia eólica que contém um imã de terra rara, para que ele venha produzir
1 MW de energia, são necessários 100 Kg de Neodímio-Nd. Porém, para se produzir
esta quantidade são precisos 800 Kg de monazita, extraídos de 8 toneladas de
minério bruto. E para fazer o tratamento dessas 8 toneladas são usadas 6
toneladas de ácido sulfúrico, e ainda, no final do processo serão jogados fora
cerca de 40 kg de material radioativo causando sérios danos ao meio ambiente
como poluição da água e do ar, resíduos radioativos, paisagens distorcidas
devido a retirada da matéria prima.
Leia também:
Em um artigo que li do palestrante Osvaldo A.
Serra sobre o tema, ele argumentava que o fechamento de indústrias de
processamento mineral pode levar à perda de bens de produção, além do
desaparecimento de empregos, habilidades e conhecimentos raros envolvidos nas
técnicas de extração dos terras raras.
Como
dito pelo palestrante, no vídeo, normalmente, cada gerador de uma torre de
energia eólica gera cerca de 5 MW, porém para produzir o imã (de terra rara)
que fica dentro do gerador são gastos 30 toneladas de ácido sulfúrico no
tratamento do mineral, além de produzir 200 Kg de material radioativo, jogados
no meio ambiente na forma de rejeitos.
Leia também:
Então, acredito que o meio ambiente NÃO
agradece. Mas, como não se consegue parar o Homem, o caminho para amenizar os
danos ao meio ambiente é a reciclagem e a exploração consciente desses
recursos. Mesmo considerando os terras raras essenciais para as principais
tecnologias do futuro, eles não são inesgotáveis. Logo, os cientistas também
precisam (verdadeiramente) ter como meta a busca de técnicas eficientes para
recuperar os terras raras de produtos já sem usos. Felizmente, isso já vem
ocorrendo timidamente em empresas como a Honda, que recupera cerca de 80% dos
terras raras de baterias em desuso.
Um mol de abraços...volte sempre!
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